quinta-feira, 7 de maio de 2009

divagações psicanalíticas


De Freud, essa eu desconhecia: a teoria cloacal ou kloakentheorie. De acordo com nosso bom e velho guru, as crianças pequenas não distinguem a vagina e o ânus. A mulher possuiria um único orifício pelo qual surgiriam as crianças e sairiam as fezes. Desta convicção, decorreriam duas implicações: a que o nascimento corresponde à evacução de excrementos, assim como a uma representação cloacal do coito. Penso, será que algum acontecimento específico nessa fase da vida infantil pode conduzir uma pessoa a uma auto-percepção deturpada, ou a certas manifestações sexuais ? Será por isso que, às vezes, nos sentimos uma merda? Será que a teoria cloacal explica a genealogia do sexo anal — um desejo primitivo de confundir as caçapas e retornar a um estágio primitivo de nossa consciência? O prazer da defecação estaria associado à criação da vida? A prisão de ventre é o medo do nascimento, da morte, da mudança? As fibras poderiam ser utilizadas como profilaxia psicoterapêutica? Os jogos de bilhar deveriam ser proibidos para menores de dezoito anos ?(...) Talvez, por isso, as galinhas sejam mais simples do que nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário