![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAaIGx_VavMZT8pzc5KSmY5wmnfTN03W78P_1Te8bVKE-6gZI-YN1o8DZnoWzUyWzmRx_RNbCdn9W87ATfOBNjOuz0uezNrUxbi01WPlcHnrNAMj9mrtU_n_40FECClyyFFCc89U5pDMU/s320/Pablo+Picasso+-+Mulher+Ao+Espelho+p+(1).jpg)
por tanto olhar que lhe atravessara, não mais se reconhecia, a não ser feito moldura, despojada de tintas ou fotos. não à toa, fazia-lhe tanto sentido correr aos espelhos, tatear o reflexo da boca no movimento ocluso de certas palavras, certificar-se de que ainda era, embora vazia. Criava, assim, estratégias que lhe confirmassem o mundo ou a sua presença, jamais as duas ao mesmo tempo, posto lhe fosse estrangeiro o relacional. quem sabe quando desapareceria? se é que um dia existira.
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